sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Plantação de endémicas no Ilhéu de Vila Franca do Campo

O projeto Life Laurissilva Sustentável apoiou uma vez mais o Projeto Life Ilhas Santuário para as Aves Marinhas durante os trabalhos de plantação de endémicas no Ilhéu de Vila Franca do Campo. Estes trabalhos têm como objetivo testar metodologias para a recuperação da vegetação natural daquele espaço, tão importante para a nidificação de aves marinhas como o cagarro.



A equipa do LIFE Laurissilva Sustentável colaborou no controlo da vegetação exótica invasora nas áreas de intervenção, nomeadamente da cana, e na replantação das áreas onde foram colocadas desta vez cerca de 300 Azorinas e 1600 Urzes.



Também foi possível verificar o desenvolvimento das urzes e faias já plantadas ao longo dos últimos dois anos.Grande parte sobreviveu e agora já se estão a desenvolver bastante bem. Mesmo as faias e urzes que ainda existiam nos locais intervencionados estão agora em plena recuperação, apresentando um excelente desenvolvimento. Esperamos que assim se consiga reduzir a invasão das canas.



As raizes das canas para além de não permitirem o desenvolvimento de outra vegetação, degradam bastante o solo, já de si frágil do ilhéu, e bloqueiam o acesso das aves marinhas aos seus ninhos. Com estas faias e urzes, espera-se assim também reduzir a degradação do terreno, tornando-o mais estável e seguro para que as várias aves marinhas que passam por lá, possam nidificar em segurança.



Saiba mais sobre este projeto em http://lifecorvo.blogspot.com/

Pomar de uva-da-serra instalado nas Furnas

Ficou concluída nos últimos dias a instalação do pomar de uva-da-serra nos terrenos cedidos pelo Centro de Monitorização e Investigação das Furnas (CMIF) junto das margens da Lagoa das Furnas. Este pomar é uma das ações do LIFE Laurissilva e será um local de teste para verificar a evolução e possível rentabilidade de produção biológica de frutos desta espécie endémica.


Esta ação tem assim como um dos objetivos estudar uma possível alternativa agrícola económica para a região, promovendo a diversificação de produções e valorizando as espécies endémicas, contribuindo para a sua conservação.


Para completar esta ação foram utilizadas cerca de 500 plantas produzidas a partir de sementes de Uvas da serra selecionadas na Natureza e numa segunda área foram plantadas mais de 700 estacas recolhidas em 2009 também nas áreas de vegetação natural da serra da Tronqueira.



Ficamos agora à espera dos resultados desta ação. Esperamos que o acompanhamento destas plantas traga boas notícias... e bons frutos!!



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

SPEA comemora Dia Mundial das Zonas Húmidas com visita guiada ao Planalto dos Graminhais

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), no âmbito do projeto LIFE+ Laurissilva Sustentável, comemorou o Dia Mundial das Zonas Húmidas, no passado sábado, dia 4 de fevereiro, com uma visita guiada ao Planalto dos Graminhais para dar a conhecer esta importante área natural.




A zona central do planalto dos Graminhais é uma das zonas de intervenção do Life+ Laurissilva Sustentável, projeto que resulta de uma parceria da SPEA, Governo dos Açores e Município da Povoação, que tem como um dos objetivos a recuperação das turfeiras existentes nessa área.


As turfeiras são zonas húmidas essenciais para a regulação do ciclo da água e para garantir o fornecimento de água limpa e em quantidade às populações. O Planalto dos Graminhais é uma das maiores áreas de turfeira dos Açores e encontra-se num estado de degradação avançado devido à ação humana.



O ponto de encontro para o início desta atividade deu-se no parque de estacionamento da Ribeira dos Caldeirões, na Achada, Nordeste, e contou com a presença de 15 participantes. A visita teve início na entrada do antigo trilho para o Pico da Vara, que atravessa a zona de intervenção. Apesar do nevoeiro e vento, foi possível a todos os participantes conhecer melhor esta área de carateristicas tão únicas e saber mais sobre os trabalhos que estão a decorrer para a sua recuperação. Foi possível ver as áreas onde se bloqueou as valas, a recuperação de caminhos e zonas de elevada erosão, entre outras.


Em alguns locais os resultados das ações implementadas já começam a aparecer e o musgão começa a recuperar em algumas das zonas mais degradadas, um bom sinal e um incentivo para o futuro. No final ficou o desejo de uma nova visita para breve (de preferência com mais sol e calor).